domingo, 27 de fevereiro de 2011

A glória está na fraqueza.Capítulo II (continuação)


Voltamos ao contexto, o pessoal de coríntios se vangloriavam em ter dons espirituais, você já percebeu que a igreja que todo mundo tinha dom era nessa referida igreja? No entanto, era de longe a igreja mais bagunçada conforme entendemos nas cartas de Paulo. Era uma igreja problemática que ostentava ter dons de línguas (se bem que não parecia ter alguém que interpretasse), profecias e palavra, e é por isso que o apóstolo diz que as línguas estranhas não eram as mais importantes. Ele considerava a glória própria como sem importância e seu feitos como sem valor algum (por que não alimentava seu ego), longe disso, o que ele presume é que se tem que gloriar em alguma coisa seria na sua fraqueza (o que é absurdo para os religiosos), pois todos querem se orgulha na sua força e em seus feitos heróicos e assim é na igreja até hoje.
O que precisamos entender é que se temos alguma coisa em quer nos gloriar é em nossa própria fraqueza, dessa forma Deus trabalhar em nossa vida, família, trabalho e em nossos relacionamentos. Por que em algumas igrejas tidas por “evangélicas” pensam que se um irmão está com problemas na família o problema é a própria pessoa que está em pecado perante o Senhor, e é necessário você confessar se não, a tendência é piorar (e o irmão vai ter que começar a procurar pecado), depois desse ritual de descobrir o pecado, partem logo para as correntes, a consagração para de algum modo se livrar do problema (isso quando não pedem dinheiro), tudo isso para o irmão alcançar a “glória”, mas a glória de Deus está presente em nossa fraqueza.
As pessoas quando estão desempregadas, buscam, oram a Deus, mas quando arranjam um trabalho, somem da presença de Deus (e não estou falando de faltar as reuniões no templo, e sim a tentativa, frustrada de Adão e Eva ou mesmo do profeta Jonas de esconder e fugir do Senhor), Quantos irmãos buscam no Senhor um casamento para poder ser feliz, quando o cônjuge chega ( e muitas vezes nem é Deus que envia), a pessoa começa a sentir tão realizada que deixa Deus e por fim acabam infelizes no seu casamento porque só serviam ao mestre por interesses próprios.
Na verdade, a glória de Deus se revela no meio das dificuldades é quando estamos nos sentindo só em nosso quarto, ou mesmo quando estamos no meio da igreja mais com um sentimento de solidão imenso, porque o que realmente pensamos é em sair pregando o evangelho para todo o mundo, ao invés de está sentado num banco dizendo que serve a Deus ( e os outros dizendo que você serve a Deus naquela igreja), mas o sentimento é de total desilusão. As igrejas parecem mais um clube de religiosos que se reúnem na sua sede (as quatro paredes, normalmente mais do quê quatro), para realizar uma programação todas as semanas no intuito de adquirir mais membros, com a falsa impressão de que fazendo aquilo vamos conquistar os céus. Perdendo, o verdadeiro significado do evangelho, sendo apenas evangélico não conforme o evangelho, mas na conformidade da religiosidade vigente. Diferente de tudo aquilo que nos é pregado quando aceitamos a Jesus como nosso único Salvador.
É pro isso que Paulo diz: que se gloria na sua fraqueza, e observem que ele tem toda uma narrativa histórica na presença do Senhor, muitos outros poderiam dizer o mesmo, mais vindo dele isso nos apresenta um caráter muito mais sincero (até porque consideramos ele tão forte!), ele traz em si mesmo as marcas de Cristo o padecer, o sofre por amor a Cristo. Todas essas tribulações, dificuldades e adversidades na sua caminhada, ele se alegra não é por causa disso, ele se alegra porque ele é fraco e Deus é bom.

Próximo domingo Capítulo 3: “Quando sou fraco então é que sou forte.”

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A glória está na fraqueza. Capítulo II


“São hebreus? também eu; são israelitas? também eu; são descendência de Abraão? também eu;
são ministros de Cristo? falo como fora de mim, eu ainda mais; em trabalhos muito mais; em prisões muito mais; em açoites sem medida; em perigo de morte muitas vezes;
dos judeus cinco vezes recebi quarenta açoites menos um.
Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;
em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos;
em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez.
Além dessas coisas exteriores, há o que diariamente pesa sobre mim, o cuidado de todas as igrejas.
Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?
Se é preciso gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza.
O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que não minto.
Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas guardava a cidade dos damascenos, para me prender;
mas por uma janela desceram-me num cesto, muralha abaixo; e assim escapei das suas mãos.”
2Cor 11:22-31

Existia na igreja de corintios uma mania de eles se vangloriar, que era uma maneira de auto-justificar perante os homens, achando que por suas boas obras podiam enganar Deus. É por isso a irritação de Paulo, e começar a dizer isso não tem nada a ver com a Palavra de Deus, e se eles quisesse se orgulhar de suas obras da carne ele (o apóstolo) muito mais, e ele começa a trazer um discurso comparativo em relação a qualquer outro irmão que se vangloriava em si mesmo, e ele acaba por narrar uma glória pouco convidativa; uma série de dificuldades, tribulações, perseguições, perigo de morte, açoites, apedrejamento, jejum e fome.
Além disso, o risco que ele corria dos falsos irmãos, dos inimigos íntimos que todos nós temos, e esse é um grande perigo em relação a nós hoje em dia, por que ás vezes nós não sabemos que são nossos irmãos e os bastardos, a parábola do trigo e o joio é bem clara, não é possível discernir entre que é um e quem é o outro, e nem cabe a nós fazer tão separação que irar acontecer só no final, na segunda vinda de Cristo.
No momento passamos algumas privações em relação a isso porque não sabemos em quem realmente quais são os eleitos do Senhor, o que podemos ter é uma perspectiva humana de quem é trigo e quem é joio, e por ser uma visão humana temos a vontade de fazer essa separação o mais rápido possível, ocorre que corremos o sério perigo ao fazer essa separação, iríamos fatalmente cortar o trigo junto com o joio, por isso não compete a nós fazer essa aniquilação, isso é missão dos cefeiros (os anjos) e não prerrogativa nossa. O que não nos impede de usar de bom senso para selecionar o que queremos ouvir, e ser amigo de quem agente gosta, o que não vamos fazer é colocar pessoas no inferno antes da hora (só para repetir: isso não é nossa tarefa. Graça a Deus!).
(continua domingo que vem...)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A Fraqueza que Revela Simplicidade. Capítulo I (continuação)


Paulo anunciava o evangelho de maneira bastante clara, sem rodeios, nós podemos ler nas suas cartas, muitas coisas interessantes, onde podemos nos surpreender pela sabedoria e o conhecimento que ele tem de Jesus o que percebemos é que nenhum outro discípulo de Jesus, falou tanto do Cristo como nosso irmão Paulo falou, é por isso que ele mesmo faz menção do seu evangelho, porque ele não conhece Jesus não apenas no contexto histórico, do que Ele fez, mas o que realmente Ele é.
Ele ensina o que Jesus dizia as multidões e aos seus discípulos, repassando para as igrejas é basicamente isso o que faz nas suas cartas para as igrejas do Novo Testamento. Faz uma interpretação dos evangelhos, até porque o povo ainda que viver sobre o regime da Lei e não a Graça, pois de alguma forma distorceram as palavras de Jesus, e ele faz a narrativa de quem realmente é Jesus, o que Ele apresenta, então é por isso que ele diz “em fraqueza”, essa fraqueza que ele retrata simplicidade, e ele continua dizendo: em temor e tremor que estive entre vós (...), não consistiam em linguagem persuasiva, e de sabedoria mais demonstração de Espírito e poder.
Geralmente confundimos simplicidade com falta de unção, mas ao contrário, a simplicidade que o texto nos apresenta não é falta de entendimento de Deus, mas revela o quanto Paulo era humilde de espírito, e o texto continua dizendo que sua linguagem não era persuasiva, e quantas vezes tratamos Deus como fator de persuasão. Quantas vezes já ouvir as pessoas falarem que “Deus falou”, para convencerem pessoas a ouvirem seu próprio discurso (enganando a si mesmos).
A linguagem convincente é apresentada principalmente nos seminários teológicos, onde o tema é bastante tratado até mesmo em forma de disciplina: a homilética (a arte de falar). E porque se fala tanto na maneira de expor o evangelho nos seminários? Para justificar a existência dessas mesmas instituições, pois para essas instituições “líder bom” é aquele que tem um linguajar vasto e uma maneira de convencer o público ouvinte de forma bastante clara, nesse contexto coitado de Moisés! Porque não poderia ser líder, e olhe que o que Moisés fala vinha de Deus, e quando Deus não falava Moisés calava para não dizer besteira. Jonas é outro exemplo, o discurso de não tinha nada de persuasivo, era extremamente condenativo, não é que “ele consegue fazer com que o povo se arrependa”, a verdade disso tudo é que o Espírito faz a obra, não o homem.
Paulo, no entanto, pregava de maneira simples, porém cheio de poder e do Espírito Santo, falava de maneira singela para que os corintios não se apoiasse em conhecimento humano, que ainda hoje é o grande perigo, ou seja, simplicidade com Espírito Santo resulta em poder de Deus, só para lembrar; fraqueza mais Espírito Santo é igual a unção. Era essa e não outra a fraqueza que o apóstolo se referia.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pai das Luzes


“Não vos enganeis, meus amados irmãos.
Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.
Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.”
Tg 1:16-18
Você já percebeu que há momentos na sua vida que você é levado a cair no pecado, parece que em muitos momentos na vida de cristão, existe uma conspiração do diabo e seus anjos, para verem nossa queda, o mundo também conspira contra os servos do Senhor. Quantas situações na minha vida, tive que optar pelo que eu entendo ser o caminho certo a seguir, e quantas ciladas do inimigo já vieram sobre mim para que eu pudesse desistir do Caminho, outras tantas que achei que não dava mais pra prosseguir, quando não era possível vencer e quando estava quase caído e sem força, Deus me tirou da lama do pecado e me limpou, me fazendo um vencedor.
Digo isso não porque sou forte mais justamente porque sou fraco e Deus é a minha fortaleza, essa reflexão surge exatamente para podermos através da palavra de Deus compreender como Ele age em nossas vidas, e se o inimigo tem um plano de destruição, o nosso Deus tem um plano de vitória, não tenha dúvida disso, pois tudo que ocorre na sua vida tem um propósito divino.

Rogerio Oliveira.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Fraqueza que Revela Simplicidade. Capítulo I


“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.
Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós.
A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.”
1 Cor 2:1-5

Nesse texto em particular o autor da carta aos coríntios (Paulo), quando estava reunido com os irmãos de coríntios (na cidade de corintio), ele não usou de ostentação de linguagem ou sabedoria, pois quantas vezes damos mais crédito a quem tem mais estudo ou mesmo nível educacional, do que as pessoas que são mais simples. E se retratando a Paulo, que era muito sábio e grande conhecedor da Lei, no entanto, ele não queria pregar algo que o ostentasse, para demonstrar que ele sabia mais, maior conhecimento, nada disso, ele apenas pregava Cristo de forma bastante simples (simplicidade), sem filosofia, psicologia, entendimento humano, sem nunca se desviar da verdade, apresentando Jesus como Ele È.
A primeira coisa que eu gostaria que tivéssemos em mente é que a fraqueza nos revela a simplicidade. O texto ainda fala que Paulo decidiu nada saber entre os da igreja de coríntio, a não ser Cristo e esse crucificado, ou seja, além de fala só de Jesus em sua essência, trazendo o evangelho simples que é o evangelho da cruz, ele fala de Cristo o salvador que foi morto (o que aparenta ser uma contradição), o que era um escândalo para os judeus.Porque a verdade quando falamos de cruz hoje em dia (redenção pela cruz), não é a mesma idéia no contexto judeu, a concepção era totalmente outra, era de prisão, de modo que a quem Paulo pregava na visão judaica era um Jesus criminoso, mentiroso e ladrão (além de agitador de multidões), um Messias preso era um salvador incapaz, e além de tudo morto.
(continua domingo que vem...)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ganância e poder religioso


O tema de hoje responde uma pergunta inquietante do meio evangélico: Porque tantas denominações? Por causa da ganância religiosa. Só dou alguma credibilidade a alguma determinada denominação, se essa não “cobrar” o dizimo dos seus membros porque se “cobrar” e isso for tema de sermão é apenas um clube religioso. Digo com toda consciência do que estou dizendo, pois esse tipo de “igreja” nem entram (no reino dos céus) e nem deixam seus membros entrarem.
Pessoas comuns entram no meio religioso e após algum tempo na igreja, começam a entender como funcional esse sistema, daí então começam a contrariar o pastor, saem daquela igreja e vão para outra onde também não se dão muito bem, até que enfim essas “pessoas comuns” decidem abrir sua própria instituição religiosa (tudo isso em nome de Deus, sendo que Deus mesmo não tem nada haver com isso).
O surgimento de tantas “igrejas” é porque diversos membros de igrejas querem ter seu próprio rebanho e poder para mandar e desmandar dentro de uma congregação, assim como na política, a ganância pelo poder e dinheiro fala mais alto. Não se engane! Descubra que são os falsos profetas que falam em nome de Jesus, quando na verdade estão falando do anticristo. Começa melhor o seu pastor, porque o meu eu já conheço é Jesus.

Rogerio Oliveira.